Autor: aki1

  • Ballaio Orgânico: conheça a rede onde o alimento é produzido e consumido na própria São Paulo

    Ballaio Orgânico: conheça a rede onde o alimento é produzido e consumido na própria São Paulo

    Ballaio Orgânico: conheça a rede onde o alimento é produzido e consumido na própria São Paulo

    Projeto dá luz a produção orgânica de pequenos agricultores de Parelheiros, no extremo sul da maior cidade do país

    Pedro Stropasolas

    03 de Novembro de 2021 às 10:30

    E quem disse que a cidade de São Paulo, um dos maiores centros urbanos do mundo, não produz alimentos orgânicos? 

    No Recanto do Jakinha, um pedacinho de terra repleto de canteiros e espécies nativas, Maria Bernadete Alcebíades cultiva com amor e dedicação o ingrediente principal para sua geleia caseira, o morango. 

    “A gente não usa agrotóxico, a gente não faz queimada, a gente não derruba árvores, a gente não estraga água, a gente aproveita todas as folhas que caem no chão como adubo”, aponta Bernadete. 

    A agricultora é uma das parceiras do Ballaio Orgânico, projeto que une e amplifica o trabalho de produtores rurais da região de Parelheiros, berço da produção agrícola na maior cidade do país. 

    As cestas com alimentos orgânicos, o carro chefe da iniciativa, tem base agroecológica em todas as etapas do processo e chegam semanalmente a mais de 70 famílias da cidade de São Paulo. Entre os itens, estão frutas, legumes, verduras, PANC´s, além de doces caseiros.

    O idealizador, Vinícius Ramos, conta que o projeto surgiu para suprir a falta de logística entre o campo e a cidade.

    “Aquilo que não tem aptidão aqui em São Paulo, como as frutas, uma manga, um abacaxi, a gente pega de fora e junta para dar diversidade. Hoje, a lista de distribuição tem mais ou menos 120 itens”, conta o permacultor.

    Foi com o recurso da venda dos balaios que a educadora popular Luzia Souza da Silva conseguiu construir o galinheiro, hoje com capacidade para 300 animais. A alimentação das galinhas é feita com variedades orgânicas de milho crioulo cultivados ali mesmo, na sua propriedade. 

    “Desde o princípio, a gente tem plantado os grãos orgânicos mesmo. Para a gente ter uma qualidade boa dos ovos. Porque a qualidade dos ovos vem daquilo que elas se alimentam”, explica a produtora.

    “Quando a gente encontra a possibilidade de produzir nosso próprio alimento, e saber de onde vem, como ele é cultivado. E saber que você está contribuindo para a saúde das pessoas, isso para mim é uma das coisas fundamentais da vida. Para manter a vida”, completa.

    Giovana Gonçalves Silva, que pretende se especializar no cultivo do tomate, ainda não oferece itens para as cestas, mas já tem uma estufa com uma boa diversidade de culturas. A estrutura foi construída com ajuda do projeto.

    “Planta assim, faz assim.. É isso que eu aprendo mais, são dicas que eles me dão que acho que você aprende mais do que ficar horas e horas de cursos”, revela a produtora orgânica. 

    Apesar dos extensos campos verdes e férteis, a Prefeitura de São Paulo só reconheceu as zonas rurais de Parelheiros e do Grajaú em 2012. Esse foi o marco para o início de políticas públicas voltadas para os produtores rurais da Zona Sul, como o processo de certificação dos orgânicos e de assistência técnica para a produção. 

    Mas o cultivo de alimentos sem veneno em Parelheiros é anterior, lá do início dos anos 2000. Hoje, dos 300 agricultores do distrito, cerca de 90 deles produzem orgânicos. 

    “A gente não faz agroecologia trocando insumos, a gente faz com as pessoas. Então, se a gente não discutir a questão das pessoas, o amor, o carinho, o respeito, não se faz agroecologia”, finaliza Vinícius.

    Edição: Daniel Lamir (Brasil de Fato)

    Revisão: Robson Silva (Aki 1)

     

  • O que significa ter saúde?

    O que significa ter saúde?

    Muito além da ausência de doenças, é preciso considerar o bem-estar físico, mental e social

    Pode parecer óbvio dizer que uma pessoa está saudável quando não está doente. Essa ideia não está totalmente errada, mas o conceito de saúde pode ser ainda mais amplo. Principalmente levando em consideração o que pode provocar o surgimento das doenças.

    Seguindo essa linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

    A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum com a definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar melhor o estado de saúde.

    Escolhas importantes que podem impactar.

    Não dá para falar em vida saudável sem mencionar a alimentação, uma vez que hábitos alimentares saudáveis são importantes para a prevenção ou o surgimento de doenças. Isso porque alimentos in natura ou minimamente processados têm a capacidade de fornecer os nutrientes que seu corpo necessita e, assim, promover a manutenção e restauração da saúde do seu organismo.

    E, não menos importante: beba mais água! O total de água existente no corpo dos seres humanos corresponde a 75% do peso na infância e a mais da metade na idade adulta. Ela é a grande responsável pelo transporte de nutrientes, pela regulação das células e de outras funções vitais do organismo. Depois disso, não resta mais nenhuma dúvida sobre a importância da água para a saúde, né?

    A água pura, ou “temperada” com rodelas de limão e folhas de hortelã, como é preferida por muitas pessoas, é a melhor opção para a ingestão de líquidos. Também faz parte da cultura alimentar do brasileiro o consumo na forma de bebidas como café e chá. Neste caso, entretanto, convém não adicionar açúcar ou substituir por bebidas adoçadas artificialmente como refrigerantes, achocolatados ou sucos de caixinha.

    Movimente-se

    Você sabia que uma vida fisicamente ativa promove benefícios tanto na prevenção quanto no tratamento de diversas doenças, inclusive o câncer? A prática de atividade física deve ser incentivada em todos os momentos da vida, pois traz muitos benefícios para a saúde. Quanto antes você iniciar melhor. Você pode fazer atividade física no seu tempo livre, enquanto se desloca a pé ou de bicicleta, no seu trabalho ou nos estudos e até mesmo nas tarefas domésticas.

    Lembra de quando falamos sobre bem-estar físico e emocional como parte do conceito de saúde? A prática regular de atividade física é um dos passos para alcançar as duas coisas. Isso porque as atividades físicas aumentam a liberação dos neurotransmissores ligados ao humor: a serotonina e a endorfina.

    Nesse sentido, colocar o corpo em movimento ajuda a melhorar o humor, os sintomas da ansiedade, os quadros de depressão e estresse. Além disso, a atividade física protege e melhora o sistema imunológico, fortalece os ossos e músculos, evita problemas nas articulações, melhora a flexibilidade, a capacidade funcional.

    Um outro benefício importante para a saúde, que também é proporcionado por uma vida fisicamente ativa, é a qualidade do sono. Essa parcela de horas que tiramos à noite para dormir são muito preciosas para a reparação do nosso organismo. É durante o sono que recuperamos tudo aquilo que foi gasto durante o dia. Nesse sentido, a saúde tem tudo a ver com uma noite bem dormida!

    Já colocou o papo em dia?

    Por falar em saúde mental, nada impacta mais nesse aspecto que o convívio social. O ser humano é sociável por natureza, então estreitar laços e desenvolver um vínculo afetivo é muito importante para manter a mente saudável!

    Nesse período de pandemia, esse é o aspecto que tem sido mais prejudicado pelo distanciamento social proposto. Não à toa, ficar em casa tem sido extremamente estressante e fonte de ansiedade para muitas pessoas. Mas existem maneiras de driblar isso!

    Mais do que nunca, as tecnologias podem ser aliadas quando o assunto é aproximar as pessoas. Mas às vezes nem é preciso ir muito longe! Estar mais próximo das pessoas que convivem em casa também pode ser uma excelente fonte de bem-estar e socialização. O período mais em casa pode até facilitar nesse sentido, uma vez que os membros estão mais tempo juntos.

    Mas tão importante quanto o relacionamento com outras pessoas é o relacionamento com nós mesmos. E a nossa saúde mental também está diretamente ligada a satisfação interior. Nesse sentido, o primeiro passo para desenvolver tanto uma boa autoestima quanto o amor próprio é o autoconhecimento.

    Conhecer as próprias limitações, forças e fraquezas ajuda a lidar e conviver com as sensações adversas que nos afetam. O amor próprio é um exercício diário e constante, que passa pela aceitação e reconciliação com você mesmo. Afinal, se você não consegue estar bem consigo, possivelmente isso impactará em outras áreas da vida.

    Por falar em bem-estar emocional, dedicar-se a algum hobby também é uma maneira de cultivar o autocuidado. Às vezes estamos tão ocupados com nossos compromissos que esquecemos de fazer alguma atividade que seja prazerosa e que nos coloque em contato com aquilo que gostamos, o que também ajuda a aliviar o estresse.

    Cigarro? Fique longe

    Já que falamos sobre saúde física e mental, não dá para esquecer do cigarro. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo por si só tem relação com aproximadamente 50 enfermidades, dentre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório, doenças cardiovasculares, do aparelho digestivo e tantas outras que com certeza interferem na qualidade de vida de qualquer pessoa.

    Mas os efeitos não são sentidos apenas no corpo. Por ser uma substância psicoativa, a nicotina produz alterações no Sistema Nervoso Central, o que modifica o estado emocional comportamental de quem fuma. Nesse sentido, além da dependência química, as emoções também podem estar por trás do hábito de fumar.

    Para quem é fumante, um período ocioso ou de estresse pode servir como gatilho extra. Principalmente agora, durante a pandemia, a dica para não cair em tentação é tentar se afastar do que remete ao cigarro, além de manter todos os outros hábitos saudáveis mencionados acima. Mas se precisar de uma ajuda extra, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece orientação e suporte para quem deseja parar de fumar. É só ligar 136!

     

  • Transei sem camisinha e descobri que ele está com sífilis. Tenho risco de ter pegado?

    Transei sem camisinha e descobri que ele está com sífilis. Tenho risco de ter pegado?

    O primeiro sintoma da doença é o aparecimento de uma lesão na região genital

     

    Sofia Barbosa

    01 de Novembro de 2021 às09:30

     

    “Transei sem camisinha com um colega mês passado. Agora descobri que ele está com sífilis.  Tenho risco de ter pegado numa única relação?”

    Pergunta de Karina Silva, 22 anos, estudante.

    Tem risco sim Karina. A sífilis, por ser uma doença causada por uma bactéria (Treponema Pallidum), tem risco de transmissão muito alto num único contato sexual. Então é muito provável que você esteja com sífilis também.

    O primeiro sintoma da doença é o aparecimento de uma lesão na região genital que, por ser indolor, pode não ser notada. Essa lesão melhora espontaneamente e a bactéria segue se multiplicando, mantendo períodos longos, de meses ou anos sem manifestar sintomas.

    Na fase secundária aparecem lesões de pele e o estágio mais avançado pode comprometer os órgãos e até levar à morte.

    Procure um centro de saúde para realizar os exames. O SUS oferece testes rápidos, você fica sabendo do resultado na hora e, se for positivo, já inicia o tratamento no mesmo dia.

    Um abraço e até a próxima!

    *Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Único de Saúde, Coren MG 159621.

    Edição: Rafaella Dotta (Brasil de Fato)

     

  • SUS poderá atender integralmente pacientes com fibromialgia e fadiga crônica

    SUS poderá atender integralmente pacientes com fibromialgia e fadiga crônica

    Fonte: Agência Senado | 21/09/2021, 12h18

    Pessoas acometidas por síndrome de fibromialgia ou fadiga crônica poderão receber atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 3.525/2019, aprovado nesta terça-feira (21/09/2021) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). 

    Pela proposição, de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), a pessoa acometida por síndrome de fibromialgia ou fadiga crônica receberá atendimento integral pelo SUS, que incluirá, no mínimo: atendimento multidisciplinar por equipe composta de profissionais das áreas de medicina, de psicologia, de nutrição e de fisioterapia; acesso a exames complementares; assistência farmacêutica; e acesso a modalidades terapêuticas reconhecidas, inclusive fisioterapia e atividade física. 

    O projeto estabelece, ainda, que a relação dos exames, medicamentos e modalidades terapêuticas será definida em regulamento. 

    O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou relatório favorável à proposta. De de acordo com ele, o texto “tem por objetivo principal assegurar acesso ao tratamento digno e efetivo às pessoas atingidas pela fibromialgia ou fadiga crônica”. 

    — Estima-se que cerca de 2,5% da população mundial sofre da síndrome de fibromialgia, tendo incidência mais relevante em mulheres entre 30 e 50 anos. E dados da Sociedade Brasileira de Clínica Médica indicam que 1,5% da população mundial convive com o cansaço crônico — enfatizou o relator.

    Impacto financeiro

    Angelo Coronel também destacou que o projeto atende às condições de impacto econômico e não resultará em impactos financeiros, visto que o ônus do atendimento obrigatório às pessoas acometidas por essas condições será repartido entre os entes. 

    “Com efeito, o custo do tratamento poderá ser abarcado com a previsão orçamentária do Ministério da Saúde, por exemplo, com a atenção especializada por meio da ação de Atenção à Saúde da População para Procedimentos em Média e Alta Complexidade. De acordo com o projeto de lei orçamentária para o exercício de 2020, são previstos quase R$ 50 bilhões para a referida ação, que podem ser alocados em diversos tratamentos, inclusive os relacionados à síndrome da fibromialgia e à fadiga crônica”, expôs o relator. 

    O PL 3.525/2019 seguirá agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

    Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

     

    Fonte: Agência Senado

    Editado por: Robson Tiozão

  • Resumo do filme “Sociedade dos poetas mortos”

    Resumo do filme “Sociedade dos poetas mortos”

    Hoje lançamos o Aki 1 Filmes e Séries onde você vai encontrar as melhores indicações de filmes e séries antigos e atuais no cinema, televisão e streaming para seu deleite e com sorteios de convites para cinemas, mensalidade grátis de streaming e muito mais.

    No Aki 1 Filmes e Séries você vai encontrar as indicações de filmes e séries antigos e atuais para seu deleite e com sorteios de convites para cinemas. 

    E para começar vamos trazer um clássico do cinema que você verá na streaming, Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society) (1989) dirigido por Peter Weir, foi um dos filmes mais marcantes do cinema norte-americano da década de noventa. Com uma das melhores bilheterias de 1990 nos Estados Unidos e uma das cinco maiores bilheterias internacionais.

    O filme recebeu ótimas críticas e levou o Oscar de Melhor Roteiro Original.

    Resumo do longa

    Se passa nos Estados Unidos, em 1959, a narrativa é focada nos alunos que frequentam o último ano de um colégio só para rapazes, dominado por um clima de disciplina e competição. Trata-se de uma crítica ao sistema de ensino rígido que restringe a liberdade e a individualidade desses jovens.

    A escola de ensino médio com cem anos de história tem como ideal didático o ensino rígido e inflexível como o que se vê no universo militar. A filosofia de ensino está baseada em quatro pilares: a tradição, a honra, a disciplina e a excelência. O próprio uniforme dos alunos já demonstra essa realidade: são fardas repletas de brasões e formalidades.

    Professor Keating

    John Keating (Robin Willians) que foi um ex-aluno da escola e retorna a instituição para ser professor e tentar fazer os alunos ver a vida como novos olhos.

    Um de seus primeiros ensinamentos para os alunos é a frase:

    “Carpe diem. Aproveitem o dia, meninos. Façam suas vidas extraordinárias”

    Já na sua primeira aula, John (Robin Williams) ensina aos alunos o conceito que irá transformar as vidas dos jovens. A frase latina Carpe diem, por sinal, entrou para a história do cinema e ficou entre as 100 frases mais citadas em longas-metragens de acordo com o American Film Institute.

    “Carpe diem. Aproveitem o dia, meninos. Façam suas vidas extraordinárias”

    O professor vai através da leitura de poesias e de clássicos da literatura, incutir nos alunos a beleza da vida. John ensina seus alunos que o mundo a partir desses ensinamentos tem uma perspectiva muito diferente do que estavam aprendendo até aquele momento.

    Método de ensino fora da caixa

    John tem um método de desenvolvimento intelectual desses alunos bastante particular e completamente fora dos padrões para aquela época. Em uma de suas aulas, John pede para sua turma fazer um exercício de composição de poemas livres, espontâneos, que que trate da vida e do universo de cada um.

    O professor John em outra aula pede para que os alunos subam em cima da mesa para aprenderem a olhar a vida em um ângulo completamente diferente. Os alunos vão se interessando aos poucos e cada vez mais pelas aulas do professor John.

    A Sociedade dos Poetas Mortos

    Um dos alunos, Neil, fascinado com o trabalho de John, passa a procurar o anuário onde o professor esteve. Ao encontrar o registro fica surpreso com as anotações citando Sociedade dos Poetas Mortos.

    Então seus alunos passam a pressionar John  para ele falar mais sobre a sociedade. Os alunos muito curiosos e bastante motivados resolvem reproduzir aquilo que se passava no passado frequentando os mesmos lugares.

    Neil muda sua decisão

    Neil, muito entusiasmado com esse novo projeto, resolve tornar-se ator. Por causa de sua criação muito rígida e cerceadora torna-se um impedimento para o que sentia ser sua vocação. Com a repressão do pai, um sujeito muito duro e inflexível. O jovem Neil tem um destino trágico, ele tira a própria vida.

    Como alguém sempre tem que ser responsabilizado por tudo e no caso do suicídio do jovem Neil, o diretor resolve punir o professor John demitindo-o e pondo fim a Sociedade dos Poetas Mortos.

    Final Trágico

    Na cena final fica provado que nem mesmo a demissão do professor John, nem a morte de Neil jamais vai apagar as experiências vividas por aqueles alunos.

    Quando o professor vai a sala de aula buscar as suas coisas no armário é recebido calorosamente e fica claro que as marcas deixadas permaneceram naqueles que lá estiveram.

    Contexto histórico e análise do filme

    Assistimos um cenário escolar que mais parece um seminário ou melhor, um verdadeiro quartel, um ambiente cheio de regras duras, fechado e muito conservador.

    Os jovens lá escritos por suas famílias, estão à procura de uma educação de excelência que possa garantir um futuro acadêmico e profissional.

    Já nas primeiras cenas do filme percebemos como alguns aspectos da juventude e da vida  são atemporais e eternos, e experimentamos assistir no filme as alegrias e as angústias típicas da adolescência.

    Estimular alunos

    Com ferramentas que exploram a própria inquietação, o professor John busca inserir os  alunos no mundo e tenta mostrar como eles são ao mesmo tempo ferramentas para transformar o próprio mundo. Trata-se de uma ação pedagógica e política.

    Premiações

    Sociedade dos Poetas Mortos levou para casa o Oscar de Melhor Roteiro Original e venceu o César de Melhor Filme Estrangeiro.

    O longa também foi indicado no Oscar para Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator.

    No Globo de Ouro também houve indicação para Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro.

     

     

  • Para além de espinhos e estereótipos: cactos são alimentos nutritivos e saborosos

    Para além de espinhos e estereótipos: cactos são alimentos nutritivos e saborosos

    Espécies crescem de forma espontânea na caatinga e são base para refogados, sopas, doces, sucos e sorvetes

    A utilização do cacto na alimentação humana é muitas vezes associada às narrativas sobre insegurança alimentar nos períodos de estiagem no semiárido brasileiro. Por outro lado, as variedades desse vegetal são ingredientes muito saborosos, nutritivos e que valorizam a diversidade e a cultura brasileira, em contextos de soberania alimentar.

    De olho nessas muitas propriedades, os cactos vêm ganhando espaço nas pesquisas de universidades, nos cardápios de restaurantes e na mesa de famílias de diferentes regiões do país e do mundo.

    Os cactos são cada vez mais valorizados em refogados e recheios, e também estão presentes em base de pães, bolos, geleias, doces, sucos e até sorvetes, unindo sabor e saúde no prato de quem está disposto a romper estereótipos.

    “Existe uma grande variedade dentro da família de cactáceas. No Brasil, 37 gêneros já foram identificados. Por algumas características da nossa cultura, esses vegetais são usados na alimentação animal, por isso existe uma resistência no uso desses vegetais na alimentação humana pela população rural. Em outros países eles são consumidos normalmente, como no México, onde cactos são comercializados em supermercados”, diz a engenheira de alimentos e professora do curso de Nutrição da Universidade Estadual da Bahia, Clicia Benevides.

    Quem torce o nariz para a planta espinhosa deve saber da possibilidade de já ter comido e se deliciado com cactos, como a ora-pro-nóbis, uma das únicas cactáceas com folhas, e a pitaya, fruto de uma de espécie de cacto muito valorizada comercialmente.

    Folhas de cactácea com espinhos retirados / Andrew Coop – Unsplash

    Além das espécies cactáceas mais convencionais, é possível preparar receitas deliciosas com xique-xique, facheiro, coroa de frade, palma e mandacaru, por exemplo. Na maioria dos casos, tanto os frutos como partes do caule, chamadas de raquetes, podem ser consumidas.

    Como a variedade de espécies é grande, o teor nutricional de cada uma também varia, mas em geral os cactos apresentam alguns nutrientes em comum, como explica a pós-doutora em Engenharia de Alimentos, Deborah Otero, que saiu do Rio Grande do Sul, sua terra natal, para ir à Bahia estudar o potencial nutricional dos cactos e dar ahulas na Universidade Federal da Bahia.

    “De forma geral, os cactos são compostos por vitaminas, minerais, carboidratos e concentrações significativas de proteínas, lipídios e fibras. Eles tem uma concentração grande de água e colaboram para a hidratação do corpo. Além disso, tem compostos bioativos e potencial antioxidante, que combatem os radicais livre no nosso organismo”, diz Debora.

    Entre as principais vitaminas presentes nos cactos estão a vitamina C e a vitamina B1, além de cálcio, sódio e proteínas. Até hoje, nenhum estudo identificou contra indicações no consumo desses vegetais, mais um incentivo para experimentar a iguaria quando houver oportunidade.

    “A FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura] fala que os cactos são o alimento do futuro e que tem grande potencial nutricional. Esperamos que no futuro a mãe olhe para o filho e fale: ‘você já comeu seu cacto hoje?’”, brinca Deborah. “Eles podem contribuir para segurança alimentar, para garantir uma dieta completa para a população e por serem vegetais que crescem em ambientes secos e rudes, sem precisar de cuidado e atenção. Eles nascem de forma espontânea e estão à disposição da população.”

    Além de garantir segurança alimentar e nutricional, o consumo de cactos pode fortalecer a cultura tradicional e valorizar espécies nativas e receitas ancestrais.

    “A cozinha tradicional reflete a identidade regional e local e como eu sou descendente de cearenses, os cheiros e sabores do sertão dialogam com minhas memórias gustativas. Assim cozinhar e comer alimentos da caatinga, como os cactos, para mim é como um retorno ao lar, a casa dos meus pais, a casa dos meus avós, a casa dos meus ancestrais”, pontua a gastróloga e historiadora Uerisleda Alencar Moreira, de Salvador, que aposta nos cactos em suas receitas, em especial na palma forrageira, na ora-pro-nóbis e na pitaya.

    É preciso cuidado no manuseio dos espinhos presentes nas cactáceas / Patricia Prudente – Unsplash

    Uerisleda conta que o preparo das cactáceas pode ser muito simples e parecido com a forma de se preparar outros legumes.

    “Se alguma vez você já fez alguma preparação com chuchu você vai saber cozinhar cactos, porque tudo o que se faz com chuchu pode se fazer com cacto. Ambos tem um bom aporte de minerais e bastante água. Mas nada de cozinhar cacto ou chuchu só com água, porque não fica saboroso. É preciso utilizar temperos e usar pouca água”, diz. “Eu amo fazer doce de palma forrageira. É necessário um quilo de palma previamente fermentada, 300 gramas de açúcar ou rapadura e um coco ralado. É só levar ao fogo e cozinhar tampado, mexendo de vez em quando.”

    A recomendação é que as frutas sejam consumidas in natura e as raquetes cozidas ou refogadas, mesmo na preparação de doces. “Comecei a utilizar cactos como uma maneira de valorizar os saberes populares da cozinha brasileira. Quando vamos ao mercado, muitas vezes nossa biodiversidade não está ali e muitos dos saberes da nossa cultura também estão ausentes. Usar cactos e outros ingredientes tradicionais de determinadas comunidades, sem cadeia produtiva, pode ser uma forma de valorizar a manter viva as tradições de uso”, conclui a gastróloga.

    Edição: Daniel Lamir

     

  • Como posso saber se estou com fibromialgia?

    Como posso saber se estou com fibromialgia?

    Principais sintomas da Fibromialgia, causas e diagnósticos.

    Como já dissemos antes, a fibromialgia provoca dor em todo o corpo. As causas da fibromialgia ainda são pouco conhecidas, no entanto é mais comum entre mulheres com idade de 35 aos 50 anos, esses sintomas pioram com o esforço físico, situações de estresse emocional ou quando exposto ao frio.

    Além desses sintomas, vamos apresentar aqui mais 7 que estão presentes na fibromialgia:

     

    1. Com o aumento da sensibilidade, o toque pode provocar dor intensa;
    1. É frequente entre os portadores de fibromialgia o cansaço excessivo;
    1. É costumeiro ter alterações no sono;
    1. Ao acordar o enrijecimento muscular o quase sempre está presente;
    1. Perca de memória e dificuldade de concentração;
    1. Formigamento nas mãos e nos pés é outra sensação muito presente;
    1. Outra sensação presente é a inquietação antes de dormir das pernas.

     

    Alguns portadores de fibromialgia também desenvolvem o cólon irritável, que provoca dor abdominal, prisão de ventre ou diarreia. Alterações psicológicas também são frequentes, ansiedade e depressão, isso faz com que o portador de fibromialgia perca o interesse nas atividades que gosta fazendo com que esse paciente sinta tristeza, desespero e impotência perante a doença.

    Quem Identifica?

    O diagnóstico da fibromialgia deve ser feito pelo clínico geral ou reumatologista, lembrando que cada caso é um caso e cada pessoa tem suas características. Também é necessário acompanhar o histórico de saúde e histórico de fibromialgia na família. Com o exame físico é observado os pontos de dor.  Para ser confirmado o diagnóstico, é necessário que a pessoa sinta dor severa em 3 a 6 áreas diferentes do corpo ou dor mais leve em 7 ou mais áreas do corpo por pelo menos 3 meses. No próximo artigo traremos uma relação de quais são esses pontos de dor da fibromialgia.

    Quais são as causas?

    De causas desconhecidas, a fibromialgia tem ainda algumas situações que podem piorar as dores, como o esforço físico exagerado, também o estresse emocional, distúrbios do sono, a exposição ao frio, infecções e traumatismos físicos.

    A pouca tolerância à dor na fibromialgia pode ocorrer porque há um aumento da sensibilidade à dor, fazendo com que pequenos estímulos sejam muito dolorosos. Quando se sente dor, o cérebro recebe essa informação e adequa a intensidade da dor, porém, na fibromialgia este mecanismo encontra-se alterado, causando dor que se intensifica ao toque.

    Tem tratamento?

    Esta doença não tem cura e seu tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas. É sempre importante consultar um reumatologista, pois ele poderá prescrever remédios para aliviar a dor. Com a presença em alguns casos de sintomas neurológicos ou psicológicos, também se faz necessário a consulta com esses profissionais pois poderão indicar remédios para melhorar o sono, para diminuir a ansiedade e até antidepressivos. Num artigo futuro traremos  informações de como deve ser o tratamento da fibromialgia.

    O tratamento natural também é recomendável, pois também podem reduzir os sintomas da fibromialgia, massagens, técnicas de relaxamento, aromaterapia, são alguns exemplos. Realizações de fisioterapia também ajudam a aliviar os sintomas, pois promovem o relaxamento muscular, aumenta a flexibilidade e com isso há uma diminuição da dor. 

    Veja no link a seguir o vídeo de como aliviar a dor na fibromialgia do canal Tua Saúde, que apresenta exercícios de alongamento e outras técnicas e tratamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida de um portador de fibromialgia. O vídeo tem a orientação da fisioterapeuta Marcelle Pinheiro (CREFITO 2 – 170751F) aos quais são todos os créditos pelo vídeo.

     

  • Fibromialgia: o que gostaria de saber em 5 passos 2ª Parte

    Fibromialgia: o que gostaria de saber em 5 passos 2ª Parte

    Nesse artigo daremos seguimento ao anterior, apresentando mais cinco tópicos sobre a fibromialgia.

    1º CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS

    Não existe um padrão para o diagnóstico de fibromialgia. Até que seja melhor compreendida e seus marcadores sejam identificados diagnósticos depende dos relatos do paciente e avaliação clínica.

    2º AVALIAÇÃO FUNCIONAL

    A incapacidade associada pode levar à perda de papéis familiares, sociais e emprego. Deve-se identificar e avaliar as dificuldades que os pacientes desenvolveram para executar as atividades comuns do dia a dia e qualidade de vida.

    3º DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

    Para o diagnóstico é necessário afastar outras doenças que geram sintomas semelhantes.

    Artrite e doenças reumáticas sistêmicas:

    *Artrite reumatoide;

    *Síndrome de Sjögren e lúpus eritematoso sistêmico;

    *Espondiloartrites;

    *Polimialgia reumática;

    *Osteoartrite.

    Doença muscular e mialgia:

    *Miopatias inflamatórias e metabólicas;

    *Miopatia por estatina.

    Transtornos infecciosos, metabólicos e neurológicos:

    *Infecção (certas infecções virais, como hepatite ou chikungunya, estão associadas a artralgias e mialgias). Observou-se que a FM e a síndrome da fadiga crônica seguem ou acompanham infecções bem documentadas, incluindo infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), infecção pelo vírus linfotrópico T humano (HTLV), hepatite e doença de Lyme;

    *Endocrinopatias: hipotireoidismo, hiperparatireoidismo e síndrome de Cushing;

    *Distúrbios neurológicos: neuropatías periféricas; síndromes compressivas de nervos, como síndrome do túnel do carpo, esclerose múltipla e miastenia gravis.

     Dor regional de tecidos moles

    *Síndrome de dolorosa miofascial;

    *Tendinites, entesastes, bursites.

    Outros distúrbios regionais da dor

    Cefaleias tensionais, distúrbios idiopáticos da coluna lombar e de tensão cervical, distúrbio músculo-esquelético relacionado ao trabalho, distúrbio temporomandibular, síndromes somáticas funcionais, incluindo síndrome do intestino irritável (SII), enxaqueca e síndrome da fadiga crônica (SFC), distúrbios psiquiátricos e do sono.

    9º TRATAMENTO

    Não existe cura. O tratamento deve ser concentrado na melhoria do dia a dia das atividades funcionais, redução da dor crônica, melhoria de qualidade de vida, diminuir a fadiga, insônia e disfunção cognitiva. O transtorno de humor também deve ser tratado.

    10º PROGNÓSTICO

    Uma parte muito importante é a orientação que os pacientes devem receber a respeito dos sintomas que podem aumentar ou diminuir ao longo da vida.

    Mesmo com todos esses sintomas crônicos, a grande maioria dos pacientes possuem vidas normais e ativas.

     

    Esperamos ter ajudado de alguma forma e traremos sempre artigos nesse seguimento.

     

  • Quando eu tomar a segunda dose da AstraZeneca terei as mesmas reações que tive à primeira dose?

    Quando eu tomar a segunda dose da AstraZeneca terei as mesmas reações que tive à primeira dose?

    É provável que você tenha alguns efeitos colaterais à segunda dose sim. Essas reações são provocadas pela resposta do seu sistema de defesa ao estímulo que é dado pela vacina. Em algumas pessoas elas são mais fortes, em outras, imperceptíveis.

    Nos estudos clínicos da AstraZeneca, 50% dos voluntários relataram dor no local da injeção, dor de cabeça e fadiga, 40% tiveram dor no corpo e mal-estar, 30% tiveram febre e calafrios, e 20% relataram dor nas articulações e náusea. Embora esses efeitos sejam comuns, somente após tomar a segunda dose da vacina você terá uma proteção mais duradoura e eficaz contra a covid-19. Então tome a segunda dose quando chegar a hora. Ela é fundamental, para você e para toda a comunidade, pois só conseguiremos acabar com a pandemia quando grande parte da população estiver imunizada.

    Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Único de Saúde, Coren MG 159621.

    Edição: Amélia Gomes

    Revisão Aki 1: Tiozão

  • Fibromialgia: o que gostaria de saber em 5 passos 1ª Parte

    Fibromialgia: o que gostaria de saber em 5 passos 1ª Parte

    Devemos salientar que a fibromialgia é uma síndrome clínica caracterizada por dor e sensibilidade generalizadas, além de uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, distúrbios do sono, depressão, ansiedade e disfunção cognitiva. Nenhuma causa específica foi identificada e a fisiopatologia é pouco clara mas parece ser um caminho comum final para diversas condições mecânicas e comportamentais.

    Aqui vamos apresentar cinco tópicos:

    Vale lembrar que a fibromialgia é uma das muitas causas de dor generalizada. Ainda sem cura conhecida. Acredita-se que ela seja disparada por gatilhos ambientais, psiquiátricos e até virais.

    1º EPIDEMIOLOGIA

    A maioria dos portadores dessa doença são mulheres, com idade entre 30 a 60 anos. Acredita-se que 5 % da população mundial sofre de fibromialgia. Podendo ocorrer em qualquer idade até em crianças. 

    2º PATOGêNESE

    Atualmente a fibromialgia é conhecida como distúrbio da sensibilidade aumentada do sistema nervoso central (SNC). ELA NÃO TEM UM PADRÃO OU UMA LOCALIZAÇÃO ESPECÍFICA, SENDO ASSIM OCORRE EM TODO O CORPO.

    3º MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

    Seus principais sintomas são: dor em todo corpo (generalizada), fadiga, distúrbio do sono. Apesar da dor muscular, ligamentos e tendões, não há evidências de inflamação nesses tecidos.

    4º ACHADOS FÍSICOS

    Na palpação de locais pelo corpo é característico o aumento da sensibilidade. Podem ser relatadas pequenas alterações sensoriais e motoras, por parte da paciente. Deve-se excluir outras doenças que apresentem sintomas semelhantes.

    5º TESTES DE LABORATÓRIOS E OUTROS ESTUDOS

    A fibromialgia não causa nenhuma anormalidade nos exames laboratoriais clínicos de rotina.

    Nos próximos artigos trataremos mais tópicos informativos para ajudar não só aos portadoras como também aos seus companheiros. Até lá.