Água de coco: conheça os benefícios e cuidados ao consumir a bebida que é a cara do verão
Líquido tem baixa caloria, é rico em nutrientes, mas tem contraindicações para quem apresenta doenças renais crônicas
Pedro Stropasolas
01 de Fevereiro de 2022 às 09:20
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Um suco natural rico em nutrientes, com pouquíssimas calorias, e que pode ser consumido por pessoas de qualquer idade. Além de todas essas qualidades, uma ótima companhia para enfrentar o calor que chega neste período do ano. Estamos falando, é claro, da popular água de coco.
“Ela é rica em eletrólitos, então potássio, sódio, magnésio. Ela também tem é uma fonte de vitaminas do complexo B, vitamina C e também tem alguns compostos funcionais que podem nos ajudar na melhora da imunidade e no envelhecimento. Então é uma bebida super nutritiva e com esse sabor que agrada a maioria das pessoas”, explica Mayara Ferreira Bernardo, nutricionista que atua no Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
No dia dia, a água de coco também é um importante isotônico natural para os amantes das atividades físicas. Isso sem contar que ajuda a evitar o surgimento de pedras nos rins. Mas é preciso cuidado, por conta do alto teor de potássio.
“Se a pessoa tem doença renal crônica, precisará ver se o potássio no sangue está OK, para fazer um consumo moderado. Porque a água de coco é bem rica em potássio. Se a pessoa que não tem doença renal crônica, mas é uma pessoa que já sabe que tem facilidade para a formação de pedras nos rins, é uma pessoa que pode consumir água de coco com mais liberdade”, completa a especialista.
O processo de maturação do coco obedece a algumas etapas. Após o desenvolvimento do cacho, que é o período da floração do coqueiro, são seis meses até o corte do fruto. É nesse momento em que a água estará doce e ideal para o consumo.
“Existe o consumidor que gosta de uma água de coco mais adocicada então leva um pouco mais de tempo, em torno de sete meses. Tem aquele consumidor que também gosta do coco um pouco mais verde. Então assim ele não vai ter aquela mais espessa, mais grossa ali. Vai ser uma massinha mais fina e aí geralmente a água tem um aroma menos doce”, conta o produtor capixaba Wagner Werneck Knach.
E para a maioria dos consumidores, um alerta. Hoje no país é muito comum o uso de agrotóxicos nos cultivos tradicionais do coco verde. Por isso, é sempre bom saber a origem do fruto que você está tomando.
É o que destaca o agricultor e membro da Direção Estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Dorizete Cosme.
“Muda a aparência do fruto. Um fruto maior, com mais água. É feito um furo no caule, com uma broca, bem no tronco do coqueiro. E ali é injetado as substâncias químicas que vão direto na seiva, e que vai para alimentar as folhas, os frutos em geral”, conclui.
Edição: Daniel Lamir
Aki 1: Magali Freitas