Meningite
A meningite é uma doença viral ou bacteriana que ataca as três membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, ou seja, tecido conjuntivo que envolve o sistema nervoso central com o objetivo de protegê-los. A meningite é a infecção dessas membranas ou meninges, um processo infeccioso que ocorre por bactérias, vírus ou fungos que dificulta o transporte de oxigênio às células.
Pessoas de qualquer idade podem ser contaminadas pelos vírus da meningite, mas recém nascidos de 6 meses a 1 ano são mais suscetíveis a contrair a doença, o motivo é, que ela ainda não têm seu sistema imunológico totalmente desenvolvido com anticorpos para combater a doença.
Sinais e Sintomas
Em adultos e crianças acima de 1 ano os sintomas são:
- febre alta sem motivo aparente;
- Uma forte dor na cabeça que não passa;
- Enjoos, náuseas e vômitos;
- Rigidez da nuca e dor devido ao aumento do tônus muscular;
- Incapacidade de mover a cabeça para frente (não consegue encostar o queixo no peito);
- Manchas vermelhas pelo corpo (sinal de alerta, indicativo de infecção generalizada);
- Sensibilidade a luz e a barulhos;
- Convulsões;
- Dor nas articulações;
- Tontura e desorientação;
- Dificuldade de concentração.
Em crianças
Crianças de 6 meses:
- Moleira tensa ou elevada;
- Gementes quando tocados;
- Inquietação;
- Choro estridente;
- Rigidez corporal;
- Movimentos involuntários;
- Ou corpo mole desfalecido.
Contágio
A contaminação depende do tipo de vírus ou bactéria. Passa de contaminada para outra pessoa através das gotículas de salivas ao falar próximo ou espirros, oro-fecal por meio de alimentos contaminados, apertar a mão de uma pessoa infectada, em superfícies que contenham os vírus ao levar as mãos a boca, olhos ou nariz sem lavar as mãos antes, através do beijo, por arbovírus por picada de insetos contaminados.
As bactérias mais comuns são: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis. A última é a causadora da meningite meningocócica que possui vários grupos, separados por antígenos polissacarídeos cápsula. Os mais comuns são A,B,C,Y e W.
Diferenças
Meningite viral, tem sintomas parecidos com o de uma virose ou um resfriado, são menos graves e costumam não deixar sequelas, o sistema imune combate, não existe tratamento específico, a meningite provocada por vírus costuma ser mais leves, por isso se faz necessário exames complementares para fechar o diagnóstico e a introdução de antibióticos como prevenção.
Também existem as meningites virais específicas como as oro-fecal (comer alimentos crus que tenham o vírus) ou por arbovírus (por picadas de mosquitos contaminados) ou a pessoa tem o vírus HIV e desenvolve a meningite, ou herpesvírus, nesses dois últimos casos usa-se medicamentos específicos para esses vírus.
Meningite bacteriana causada por Neisseria meningitidis é a forma mais grave da doença a meningite meningocócica , rapidamente os sintomas aparecem como febre alta, rigidez do pescoço, e também necessita de exames como a punção lombar para colher o líquor da coluna, sendo confirmado o diagnóstico de meningite bacteriana o médico introduz as medicações específica para o tratamento do paciente.
Prevenção
Como prevenir?
A melhor prevenção é aplicação de vacinas que são disponibilizadas no SUS gratuitamente, dentre elas podemos citar a vacina meningocócica C, pois esse imunizante é indicado para crianças com idade superior a 2 meses, adolescentes e adultos. Essa vacina é também conhecida como MenC e previne a meningite causada pela bactéria NEISSERIA MENINGITIDIS do grupo C.
A vacina contra meningite B não está disponível no SUS, sendo oferecida na rede privada. Tendo valores a partir de R$ 535. Lembrando que a meningite B é menos frequente na população como no todo, sendo mais comum entre crianças abaixo de dois anos.
Curiosidade:
No Brasil a mais comum é do tipo C (80% dos casos), hoje há 12 tipos de meningococos. Por isso é importante tomar a vacina, sendo a mais indicada a vacina quadrivalente (cobrindo os tipos A, C,W e Y) e a contra o tipo B, como já dissemos, não são oferecidas pelo SUS, apenas por clínicas particulares.
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Texto de: Fernanda Takai
Revisão: Iza Silva